Da Hora, Ana Pompílio
A palavra convence, o exemplo arrasta.
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      O idoso que merece respeito tem de respeitar também.



         Meus cumprimentos cordiais aos amigos do RECANTO DAS LETRAS!

         O presente texto retrata mais uma indignação exteriorizada do que qualquer outra coisa.

           Por volta de 12 horas, do dia 09 de agosto de 2.018, quando me dirigia em meu veículo, juntamente com minha mãe, para o shopping Tijuca, na altura da rua Pinto de Figueiredo, Rio de Janeiro/RJ, sofri uma batida de um outro veículo, PLACA LMN 3732, Rio de Janeiro, HONDA/FIT Personal 2018/2018, CINZA, conduzido por uma senhora que aparentava ter entre 70 e 75 anos.

           A batida em si, evidentemente que me chateou, mas nada que uma conversa civilizada não pudesse resolver o ocorrido. Pois bem, tal senhora se negou a conversar comigo, disse que não desceria do veículo e que eu arcasse com meu prejuízo e que ela arcaria com o dela. Questionei-a sobre tal postura e ela se limitou a fechar o vidro de seu carro e seguir o caminho dela, quando o sinal abriu. Como não havia nenhum guarda municipal, a segui e verifiquei que estacionou seu veículo em um estacionamento particular próximo ao local da batida.

           Novamente, descendo de meu veículo, a abordei para que pudéssemos conversar com calma e chegar a um acordo sobre o fato, tendo me identificado pelo meu nome. Ela se negou a se identificar, restringindo-se a dizer que não pagaria pelo meu prejuízo e que estava atrasada para fazer a "unha". Mais uma vez, insisti para que se identificasse, bem como se estava com a sua CNH em mãos e se a poderia exibir, para que trocássemos nossos dados pessoais, já que apresentei a minha a ela .

           Bastante nervosa com tal pergunta, apressou o passo e começou a me provocar, chamando-me de "filhinha" e dizendo que eu "era burrinha", pois ela era idosa e nada aconteceria com ela. Evidentemente, não aceitei a provocação e nem iria retrucar respondendo indevidamente a uma pessoa de idade ou quem quer que fosse, mesmo estando tal pessoa sem razão.

           Considerando que minha mãe, igualmente idosa, hipertensa e que estava comigo, ficou bastante nervosa com o fato e muito abalada com o seu desenrolar, com o susto e com a postura da condutora do veículo que bateu no nosso, não levei adiante a situação, tendo obtido informações, em conversas com terceiros que aparentavam conhecê-la no estacionamento, que possivelmente se chama MARIA CECÍLIA , residente, em princípio, na Rua do Bispo ou em rua próxima, na Tijuca.

            Enfim, D. MARIA CECÍLIA (possivelmente a mesma pessoa que albaroou o meu carro) não me deixou outra opção a não ser fazer as comunicações formais e de praxe do acidente de trânsito por ela provocado e não resolvido civilizadamente, por atitude exclusiva dela. Evidentemente, outras medidas, nas devidas esferas, serão adotadas, visto não vislumbrar, nesse momento, outra saída.

             O presente registro e divulgação tem por fim CONSIGNAR, REITERAR e DESTACAR que todo e qualquer idoso merece respeito e consideração por parte de quem quer que seja, mas o fato de estar na CONDIÇÃO DE IDOSO não o isenta de ter responsabilidades sociais e muito menos, que possa causar prejuízos indevidos a terceiros, sem consequências nas esferas legais pertinentes.

             Por fim, D. MARIA CECÍLIA (ou quem estava conduzindo o veículo ) , só posso lamentar que a senhora, a essa altura de sua vida, em um momento em que o país clama por ética e moralidade, tenha tido uma conduta completamente e em tese, oposta a tais valores básicos e que deveriam ser a regra, o norte nas relações humanas e sociais.

             O prejuízo material a ser arcado por mim, ainda que financeiramente considerável, será pequeno diante do seu possível prejuízo moral, como cidadã que chega a sua idade, querendo, em princípio, se dar "bem", em detrimento de pessoas de bem e que pautam as suas vidas em valores éticos e morais reais. Com larga atuação que tenho na área jurídica, confesso que foi a primeira vez que passei por situação tão desagradável e inesperada, ainda mais vinda de uma pessoa de idade que aparentava ter um certo nível de escolaridade, que se quedou inerte com as suas palavras, em tese, inapropriadas e ofensivas. Realmente triste e estarrecedor.

             Finalmente,  se por algum motivo, visto que a senhora se descontrolou bastante e passou a desferir, repito, ofensas gratuitas e a apressar o passo quando pedi que se identificasse através de sua carteira nacional de habilitação, que quero crer, esteja válida, não estiver se sentindo mais em condições de conduzir um veículo automotor, sem expor a própria vida e a de terceiros, tenha a humildade de se abster de tal proceder. Hoje a senhora causou um dano material e moral ( minha mãe se desestabilizou física e emocionalmente com o fato) a duas pessoas do bem e tranquilas, que lhe desejam o melhor em sua vida, sem rancores, embora as medidas objetivas ao caso em tela não deixarão de ser adotadas e algumas, de imediato, já o foram.

            Felicidades, D. MARIA CECÍLIA (possivelmente) e de fato, lamento o desfecho negativo de uma situação simples e corriqueira, que pode ocorrer com qualquer um, mas que a senhora, através de sua conduta negativa e hipoteticamente reprovável, está fazendo com que tome desdobramentos e proporções legais desnecessárias.

            Bom, vou continuar seguindo o curso da vida com urbanidade, lisura e respeito ao próximo, a seus direitos, sem esquecer que todos temos deveres para uma convivência social pacífica e harmoniosa. Uma vez extrapolados tais deveres, que venham as providências pertinentes e legais para os restabelecer.

           Sim, a foto acima foi tirada após D. MARIA CECÍLIA (possivelmente assim se chama), pela segunda vez, na saída do estacionamento, se negar a resolver a situação, através de palavras indevidas, conforme dito acima.

           Obrigada pela atenção de todos.
           Muda Brasil! Jovens e Idosos, merecedores de todo o respeito do mundo, se o exemplo não partir dos extremos, possivelmente estaremos perdidos. Quero continuar crendo no ser humano, independente da idade.
Ana Pompílio da Hora
Enviado por Ana Pompílio da Hora em 10/08/2018
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